Hoje, vamos falar sobre como se livrar da dependência química. Será que é possível?
Você já parou para pensar se conhece alguém que começou o uso de drogas e se tornou dependente, a ponto de sofrer inúmeras consequências negativas, como por exemplo: fragilizar ou romper vínculos familiares, perder trabalho, deixar de lado o “autocuidado”, não cuidar de si próprio, deixar de cumprir as responsabilidades pessoais, abandonar relacionamentos essenciais para continuar no uso de drogas, etc..?
Caso sua resposta seja que sim, você conhece alguém, alguma vez parou pra pensar ainda se conhece alguém que se livrou da dependência química e hoje, reconstruiu família, conquistou trabalho, tem filhos e vive uma vida estável? Se sim, o que acha que foi o caminho que esta pessoa seguiu? Será que esta pessoa precisa ter mudanças até quando?
Primeiramente, gostaríamos de contar à você, leitor, que sim! Há como se livrar da dependência química. Porém, iremos abordar uma série de fatores importantes que fazem parte deste processo!
Outro ponto importante a destacar é que a dependência química não é mais vista como antigamente como sendo: falta de vergonha na cara, falta de caráter. Isso mesmo! A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a dependência química como transtorno psiquiátrico, considerando-a uma doença crônica, ou seja, que não tem cura, mas é tratável. Nela, envolve um conjunto de alterações comportamentais, fisiológicas, psicológicas que se desenvolvem mediante ao uso repetido de determinada substância, portanto, existem vários aspectos que possibilitam o controle da dependência química.
O primeiro (e indispensável) passo para se livrar da dependência química é o (a) dependente aceitar que é um doente e que precisa de ajuda. É preciso reconhecer que não tem mais controle sobre o uso de determinada substância, e que a constância do uso tem acarretado diversos impactos negativos e perdas decorrentes ao uso. Neste primeiro passo, é indispensável portanto, aceitar que precisa de ajuda e que diante disso, passar por diversas mudanças (pessoais, cognitivas, comportamentais, ambientais, dentre outros)! Por isto é tão importante este primeiro passo!
O segundo passo é a busca de profissionais especializados: Clinico geral, psiquiatra, psicólogo, que possam orientar e contribuir positivamente. Estes profissionais verificarão se há necessidade de uso de medicação específica e ainda, ensinarão a lidar e superar os sintomas de abstinência, tornando possível maior autoconhecimento para permanecer abstinente.
Os passos seguintes envolvem mudanças em diversas áreas de vida, como:
– Deixar de frequentar lugares que fez uso, ou que facilitem o acesso às drogas (Festas, bares, casas de determinadas pessoas que façam uso, pontos de venda de drogas, etc.);
– Afastar-se de pessoas que facilitem o acesso ao uso (amigos, relacionamentos);
– Se aproximar de pessoas que possam ajudar! Seja da família, ou amigos. É preciso que seja feita uma seleção “a pente fino” das pessoas com quem estará! Vale a pena pensar “esta pessoa irá me aproximar ou afastar de voltar a usar bebidas/drogas?”
– Frequentar lugares que protejam o indivíduo do uso, procurar grupos de autoajuda direcionados especificadamente a dependentes químicos ou mesmo, Comunidades Terapêuticas em casos de impossibilidade de cessar o uso de drogas;
– A espiritualidade é um aspecto fundamental para manter-se abstinente, portanto, frequentar uma Igreja é indispensável;
– Praticar atividades físicas;
– Fazer atividades que proporcionam sentimentos de prazer e bem estar por meio de lazer e situações que faça “sair da rotina” como: ir a parques, clubes, shopping, cinema, reuniões saudáveis em família, ir ver amigos que se importam e queiram vê-lo bem!
Outro ponto muito importante é que a família do (a) dependente químico seja orientada. É indispensável que ela entenda a dependência química como uma doença, pois merece todo cuidado e atenção na forma de falar, entender, se expressar e orientar. A família tem um papel ímpar ao longo deste processo de se livrar da dependência química. Deve-se mudar comportamentos, pensamentos, crenças, exposições, julgamentos! Por isto familiar precisam buscar ajuda concomitantemente.
Todos os pontos apresentados neste post e muito mais, são pontos chave ensinados ao longo do acolhimento realizado no Grupo Salva Vidas, em nossa Comunidade Terapêutica. Realizamos acompanhamento integral e estendemos o acompanhamento aos familiares do acolhido também! Se livrar da dependência química e manter o tratamento é um desafio diário! Portanto, caso tenha dúvida, não hesite em nos procurar! Existem aspectos que precisam de vigilância por toda a vida, quando se trata da dependência química! E nós, podemos ajudar!